Inteligência Emocional na Era da Tecnologia
Fortaleça sua inteligência emocional
Manter nossa sanidade nesses tempos atuais é uma tarefa hercúlea, digna dos deuses do Olimpo, pois nunca uma competência foi tão exigida quanto o equilíbrio emocional. A resiliência, conceito emprestado da física, nos traz a necessidade de preservar nossas características essenciais diante das adversidades. Para tanto, precisamos forjar nossa personalidade por meio da vontade. Daí o surgimento do termo temperamento, explorado na obra de C. G. Jung, para representar as competências consolidadas por nossos conhecimentos, hábitos e atitudes.
O que é a Inteligência Emocional
A inteligência emocional, conceito preconizado e popularizado pela obra de Daniel Goleman, é a pedra basilar dos relacionamentos e da nossa saúde mental. Já o antigo conceito de Coeficiente Intelectual (QI) foi cedendo espaço para as múltiplas inteligências, para a sensibilidade da intuição e para aspectos imanentes e transcendentes do nosso ser.
A paciência talvez seja a virtude inesgotável e que sempre precisa ser exercitada, pois trata-se de uma musculatura de difícil desenvolvimento. Nossa inteligência intrapsíquica deve ser lapidada na prática, através dos nossos relacionamentos e de como lidamos como os problemas (reais ou imaginários).
Bases para a vida profissional
Precisamos vigiar nossos pensamentos e nossa disposição para a ação, pois estamos mergulhados num mundo de movimento incessante, onde a tecnologia toma conta e influencia nas relações humanas e nosso modo de vida. Devemos tentar manter um equilíbrio para não agirmos de forma impulsiva e canalizar a nossa força com inteligência e produtividade.
Juliano Carregaro, Diretor Acadêmico do grupo Cogna, em um dos seus artigos faz uma excelente analogia de um texto de Daniel Goleman, que continua disseminando o conceito de Inteligência Emocional. No texto de Goleman, ele preconiza 7 ingredientes para a criança estar preparada para entrar num jardim de infância e Juliano faz uma brilhante comparação desses elementos com nossa vida profissional.
Esses elementos são: a confiança para se arriscar na busca pelo sucesso, a curiosidade da descoberta, a intencionalidade do aprendizado contínuo, o autocontrole de nossos impulsos, a habilidade de relacionamento, a capacidade de comunicação e troca de sentimentos e/ou concepções e por fim, a cooperatividade ao buscar uma atuação sinérgica.
Era do conhecimento e das competências
Em outro artigo, Juliano expõe uma visão que também compartilho, mostrando que numa era do conhecimento e de informações cada vez mais velozes e disponibilizadas, as Hard Skills já não são suficientes para darmos conta das demandas do mercado de trabalho. Hoje em dia os recrutadores buscam profissionais com uma série de Soft Skills para se adequarem às necessidades das empresas.
Sabe-se que cada vez mais se fazem entrevistas e avaliações por competências. Costuma-se contratar as pessoas pela competência técnica e expertise, mas em 80% dos casos as demissões ocorrem por conta de fatores comportamentais.
Novos desafios de um novo mundo
E a reflexão final que deixo nesse artigo é pensarmos na importância da Inteligência Emocional, competência vital num mundo globalizado, digital e pós-pandêmico, onde as relações humanas precisam ser cuidadas para não perdermos nossa conexão humana. Essa é uma habilidade cada vez mais demandada no mundo VULCA (Volátil, incerto, Complexo e Ambíguo), e agora muito mais requerida, como sugerem alguns especialistas no tema, nesse novo mundo BANI (Frágil, Ansioso, Não-linear e Incompreensível).
Para você, que acha que pode escapar da necessidade de desenvolver suas Soft Skills, só porque está em Home Office, saiba que é importante sim estarmos preparados para lidar com a vida, tanto no âmbito pessoal, quanto profissional. Vamos construir e organizar essa nossa caixa de ferramentas chamadas de competências, para que possamos explorar nossas fortalezas com autoconfiança e trabalhar em nossos pontos de aprimoramento.
Respostas